As últimas enxurradas atestaram a total eficiência dos sistemas de drenagem implantados na Quinta Avenida, na rótula de acesso a Camboriú e Balneário Camboriú (Túnel do Belmar) e na Avenida do Estado, nas proximidades das Casas da Água e adjacências periféricas.
Os alagamentos ainda ocorrem em muitas partes, incomodando e prejudicando nossa gente. Isso é consequência de 20 anos (ou mais) de desídia e desinteresse na equação do problema. Sei que os nossos adversários ficam muito incomodados quando a gente diz isso, que é preciso vislumbrar o horizonte futuro e esquecer o passado - mas não há como fazer isso, pois eles sempre nos comparam com o seu passado. Então, o troco de comparação é inevitável para ambos os lados.
Mas aquilo que ainda ocorre, infelizmente, na Atlântica e na Brasil, nós estamos planejando atacar em 2011. Com dinheiro do governo Federal, via PAC, porque se dependermos do governo do Estado, vamos esperar muito tempo, embora as perspectivas com Raimundo Colombo sejam mais promissoras.
Vamos encarar de frente, vamos implantar galerias extravasoras, vamos fazer galerias de contenção e vamos executar um projeto grandioso de esgotamento pluvial, de modo, inclusive, que nossa praia não mais seja atingida pela consequência das enxurradas, dando-lhe aquele aspecto feio e ruim de terra arrasada. Sem contar a possibilidade de contaminação do mar.
Cuidar disso e cuidar dos detalhes nos exigirá muito trabalho e investimentos, mas valerá a pena. Não temos a preocupação de fazer obras de saneamento "meia boca". A Avenida Brasil - sabiam? - não tem um centímetro de galerias pluviais e onde tem é de bitola reduzida, tão reduzida que, ao invés de extravasar, joga a água acumulada pelos boeiros e bocas-de-lobo, porque a pressão dentro de muita água para pouca dimensão dos canos não resiste. Não vai e nem fica. E então sobe, causando tudo aquilo que a gente vê durante e no pós-enxurrada.
Nós temos responsabilidade com nossa gente. Não nos vamos preocupar com voto ou eleição, porque, como disse Benjamin Disraeli, a diferença entre um político e um estadista é que o primeiro pensa na próxima eleição enquanto o segundo pensa na próxima geração.
São ações pontuais necessárias. Também requer urgência o redimencionamento da quantidade e tamanho dos lixeiros na areias da praia. O pessoal é porco mesmo, ainda mais sem lixeiros adequados.Coloque-se a cada 20 metros um tambor de plástico grande e pronto.Não usa os sacos pretos e vem um caminhão à noite e recolhe. E também não adianta deixar encostado na parede do calçadão. Vai melhorar muito a imagem da cidade.
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